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O menor volume de produção nos meses de janeiro e fevereiro, no entanto, devido ao agravamento da crise sanitária na cidade de Manaus, impactou o desempenho do setor no primeiro trimestre. No acumulado do ano, saíram das linhas de montagem 237.201 motocicletas, o que corresponde a uma queda de 20,3% em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de 297.599 unidades.
De acordo com o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, a perspectiva é boa e a associação espera que, aos poucos, a relação entre oferta e demanda volte a ser equilibrada. “Depois de dois meses as fábricas retomaram suas operações normalmente, seguindo os protocolos sanitários. Com isso, voltamos ao patamar de produção que deve se manter nos próximos meses e esperamos atender à demanda do mercado, reduzindo a fila de espera por motocicletas”, afirma.
Dentro dessa expectativa, Fermanian destaca que a Abraciclo mantém sua previsão de produzir 1.060.000 motocicletas em 2021, o que representa uma alta de 10,2% na comparação com as 961.986 fabricadas no ano passado.
Vendas no varejo
Em março, foram licenciadas 62.262 motocicletas, alta de 8,5% na comparação com fevereiro, quando foram emplacadas 57.384 unidades. Em relação ao mesmo mês de 2020, que teve 75.372 unidades comercializadas, houve retração de 17,4%.
“O varejo sofreu as consequências da suspensão temporária das operações de algumas fabricantes em janeiro e fevereiro. Além disso, diversas empresas associadas precisaram readequar seus turnos em função do toque de recolher do Estado do Amazonas devido a pandemia. A recuperação da produção alcançada em março deve refletir positivamente nos resultados de abril”, avalia Fermanian.
Com 29.504 unidades e 47,4% de participação no mercado, a Street foi a categoria mais emplacada em março. Na sequência, vieram a Trail (12.273 unidades e 19,7% de participação) e a Motoneta (7.948 unidades e 12,8%).
No primeiro trimestre, os emplacamentos totalizaram 205.444 unidades, volume 16,8% inferior às 246.848 motocicletas licenciadas no mesmo período do ano passado. As posições no ranking por categorias foram as mesmas apuradas no levantamento mensal: Street, em primeiro lugar, com 98.676 unidades e 48% de participação do mercado, seguida pela Trail (40.088 e 19,5% do mercado) e Motoneta (28.037 unidades e 13,6%).
Com 23 dias úteis, a média diária de vendas em março foi de 2.707 motocicletas – é o pior resultado para o mês, desde 2003, que registrou 3.240 emplacamentos/dia. De acordo com levantamento da Abraciclo, na comparação com fevereiro que teve 20 dias úteis, houve queda de 5,6% (2.869 motocicletas emplacadas/dia). Em relação a março do ano passado, com 22 dias úteis, a queda foi de 21% (3.426 emplacamentos diários).
Exportações
Em março, foram exportadas 6.355 motocicletas, volume 116,5% maior que o registrado em fevereiro (2.926 unidades) e 132,1% superior ao mesmo mês do ano passado (2.730 unidades).
De acordo com a Abraciclo, a maior parte das motocicletas exportadas são de alto valor agregado como, por exemplo, modelos off-road. “Isso mostra o quanto a motocicleta produzida no Brasil é tecnológica e está alinhada com as principais demandas globais do setor de Duas Rodas”, comenta o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.
Segundo dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, os Estados Unidos representaram o principal mercado, com 1.012 unidades e 26,5% do volume total exportado. A Colômbia representou o segundo maior mercado, com 922 motocicletas e 24,2% do volume total exportado. Na sequência, ficou o Canadá (670 unidades e 17,6% do total exportado).
No primeiro trimestre, as exportações totalizaram 13.165 unidades, aumento de 92,9% na comparação com o mesmo período do ano passado (6.825 motocicletas).
Os Estados Unidos foram o principal destino, com 3.838 unidades e 33,3% do total exportado. O segundo lugar ficou com a Argentina (3.104 unidades e 26,9% do volume) e em terceiro, a Colômbia (1.616 unidades e 14%).
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