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Confira como foi nossa avaliação com o Honda Elite 125 pelas ruas de Campo Grande

09/01/2020 - 17:12 - Mário Salgado - Fotos: Divulgação Honda Motos

No final de 2018 a Honda lançou no mercado nacional o scooter de entrada Elite 125. Ele chegou para completar o line-up dessa categoria na marca nipônica, como um modelo mais acessível do que o PCX 150, o mais vendido do segmento. O Elite vem com uma proposta de mais facilidade de pilotagem com seu câmbio automático CVT, agilidade na cidade em função de seu baixo peso e economia de combustível. Segundo a Honda, o scooter pode rodar mais de 40 km/litro de gasolina. E foi tudo isso que vimos em nosso teste pelas ruas de Campo Grande com um modelo cedido pela concessionária Caiobá. Abaixo, vocês podem conferir um vídeo com nosso teste completo.

Para ser mais acessível do que o PCX 150, vendido a partir de R$ 11.272, o Elite conta com motor monocilíndrico de menor capacidade, 124,9 cm³, arrefecido a ar e com desempenho mais modesto. 

Oferece 9,4 cv de potência máxima a 7.500 rpm e torque de 1.05 kgf.m a 6.000 giros. Apesar dos números inferiores, o Elite 125 é mais leve do que o PCX (104 kg contra 124 kg a seco) e arranca praticamente junto com o campeão de vendas. 

O câmbio CVT automático evita a “perda” de tempo na troca de marchas e facilita a vida dos iniciantes: basta acelerar que a transmissão continuamente variável se encarrega de transferir a força do motor para a roda traseira. Nesse primeiro contato, nas ruas da cidade litorânea de Santos (SP), o Elite mostrou-se esperto para o uso urbano e rapidamente atinge 60 km/h. A partir daí a velocidade cresce com mais morosidade, mas chega até os 100 km/h – não há uma limitação de velocidade máxima como havia no antigo Lead 110.

Mas, assim como o Lead, o novo scooter de 125cc utiliza rodas pequenas: 12 polegadas, na dianteira, e 10, na traseira. A configuração impõe algumas limitações e o Elite exige cuidado ao encarar ruas muito esburacadas e tampas de bueiros desniveladas. É preciso desviar de buracos mais profundos e controlar a velocidade nessas situações. 

Confira aí no vídeo do nosso teste como o scooter se comporta no trânsito.

Segundo medições feitas pelo Instituto Mauá de Tecnologia a pedido da Honda, o Elite percorreu 53,8 km/litro em trajeto exclusivamente urbano e 43,8 km/litro em percurso misto (cidade e estrada). Com tanque de 6,4 litros, a autonomia do Elite pode chegar a 300 km. 

Praticidade e segurança

Por falar no tanque de combustível, no Elite ele ocupa uma boa parte do espaço sob o assento. Diferentemente do antigo Lead 110, que tinha o tanque na plataforma sob os pés, a capacidade de carga é bem menor: 20 litros e 10 kg. O espaço comporta apenas um capacete aberto ou uma pequena mochila. Se for carregar muita coisa, o consumidor terá de investir em um baú, vendido separadamente, mas que pode ser instalado diretamente sob o bagageiro traseiro, que é incorporado às alças da garupa.

No quesito praticidade, o Elite 125 ainda oferece dois porta-objetos abertos no escudo frontal e um gancho para carregar uma sacola apoiada na plataforma para os pés. Mas conta com a facilidade de se abrir o banco no miolo da chave de ignição, que tem sistema “shutter key”, que bloqueia a entrada da chave. 

Um painel digital simples, porém, de fácil leitura mesmo sob o sol, informa velocidade, marcador de combustível, relógio, um hodômetro total e tem luzes de advertência. Enquanto piscas e lanterna traseira usam lâmpadas convencionais, o farol e a iluminação diurna (DRL) são em LED, ajudando os outros motoristas a enxergar o pequeno scooter.

Também contribuem para a segurança os freios combinados, ou seja, ao apertar o manete direito do freio traseiro, 30% da força vai também para o dianteiro. E, embora seja a tambor na traseira e disco na dianteira, o sistema funcionou bem quando exigido.

Mercado

O Elite vem mesmo para disputar mercado com o Yamaha Neo 125. Motorização, proposta e design são semelhantes, mas o scooter da Yamaha usa rodas maiores, de 14 polegadas. 

O novo scooter da Honda foi feito para quem vai percorrer trajetos curtos, dentro da cidade. De acordo com essa proposta, seu conjunto motriz não empolga, mas dá conta do recado e promete ser econômico. A facilidade de pilotagem, o assento baixo (a 772 mm do solo) e o peso de 104 kg também são bons argumentos para atrair quem está se iniciando no mundo das duas ou quer fugir do trânsito e do transporte público.

O Elite 125 é originário da Tailândia, mas é montado em Manaus (AM). O scooter é vendido em quatro opções de cores – azul, branca, preta e vermelha – e tem três anos de garantia com sete trocas de óleo grátis. 

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